quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Gargalhar age como analgésico, diz estudo

Liberação de endorfina durante risada pode ter ajudado humanos a se unir socialmente, sugere estudo.
Da BBC

Praticante de risoterapia levantando o astral em campo de ioga na Índia (Foto: Reuters / via BBC)
Praticante de risoterapia levantando o astral em
campo de ioga na Índia (Foto: Reuters / via BBC)
Dar uma boa gargalhada libera substâncias químicas que agem como analgésico natural, reduzindo a dor, indica uma pesquisa da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.
Para testar a hipótese, os pesquisadores mediram as reações de voluntários à dor -- por exemplo, colocando uma sacola de gelo sobre o braço para medir quanto tempo eles aguentavam.
Depois, eles foram divididos em dois grupos -- o primeiro assistiu a um vídeo de comédia de 15 minutos, e o outro assistiu a uma filmagem que os pesquisadores consideraram entediantes, como programas de golfinhos.
Quando foram novamente submetidos a dor, os que tinham dado gargalhadas foram capazes de suportar até 10% mais dor que antes de rir, indicou a pesquisa.
Já os que assistiram a programas entediantes foram menos capazes de suportar dor que antes de assistir ao filme.

Euforia
O coordenador da pesquisa, professor Robin Dunbar, acredita que uma risada incontrolável libera endorfina, uma substância química que não apenas gera certa euforia como atua como analgésico.

"É o esvaziamento dos pulmões que causa o efeito", disse o pesquisador à BBC.
"É exatamente o que acontece quando alguém diz que riu até doer. Soa como uma experiência bastante dolorosa, e é a dor que produz o efeito da endorfina".
A pesquisa indicou que uma risadinha contida não basta; é preciso uma boa gargalhada para ter o efeito.
Além do quê, nem todos os programas de comedia têm o mesmo resultado. Humor bobo, tais como o de programas como "Mr. Bean", e até mesmo do seriado "Friends", parecem ser mais eficazes.
Já os monólogos de comediantes, no estilo stand-up comedy, não elevaram a tolerância dos voluntários à dor.
"Fico um pouco hesitante de dizer isso, mas tínhamos uma série de vídeos do (bem-sucedido comediante britânico) Michael McIntyre, que achávamos que teria um bom efeito. Mas acho que esse tipo de humor é muito cerebral para gerar grandes gargalhadas", disse Dunbar.
Turista em frente à Torre Eiffel em Paris: rindo à toa (Foto: AFP / via BBC) 
Turista em frente à Torre Eiffel em Paris: rindo à toa
(Foto: AFP / via BBC)

Efeito social
Os pesquisadores não mediram diretamente o nível de endorfina nos voluntários porque isto envolveria a extração de fluidos através de uma longa agulha -- um procedimento que provavelmente geraria mau humor entre o grupo e influenciaria os resultados.

Para o professor Dunbar, a pesquisa pode ajudar a explicar o papel do riso no estabelecimento da sociedade humana, dois milhões de anos atrás.
Enquanto todos os primatas são capazes de rir, só os humanos são capazes de gargalhar e, portanto, liberar endorfina através do riso.
A teoria do professor Dunbar é que a endorfina favoreceu a criação de laços sociais entre os indivíduos da espécie.
"Neste estágio, quisemos mostrar que, sim, rir ativa endorfina. O próximo passo será avaliar se dar risadas realmente faz com que grupos fiquem mais próximos, trabalhem em equipe e demonstrem mais generosidade", disse o pesquisador.
Se este for o caso, poderia explicar porque, há 2 milhões de anos, as tribos de humanos uniam até cem pessoas, enquanto a de primatas de grande porte contemporâneos chegavam apenas à metade deste número.

Rir e cantar, remédios para o coração

Especialistas determinaram o efeito das emoções positivas.
As artérias se dilatam com as músicas agradáveis.


Música faz bem para alma, agora sabemos que para o coração e artérias também. Pesquisadores da Universidade de Maryland, em Baltimore estudaram o efeito da música sobre a dilatação das artérias.

O estudo científico avaliou o impacto da música sobre o endotélio, parte mais interna da parede das artérias. O endotélio mais do que o revestimento das artérias faz parte da regulação do diâmetro dos vasos.

Os especialistas queriam determinar o efeito das emoções positivas sobre as artérias. Uma dezena de participantes saudáveis e não-fumantes, com uma média de idade de 36 anos, puderam selecionar 30 minutos de música que gostavam e os deixavam relaxados.


Para que o resultado fosse o melhor possível todos ficaram duas semanas sem escutar as músicas da seleção. Para comparação, também foram indicadas quais músicas os deixavam ansiosos.


Um teste mediu a dilatação da artéria braquial por meio de ultra-som em repouso após 30 minutos de estímulos -- músicas relaxantes, mais agitadas e um videoclipe divertido.


As artérias se dilatavam com as músicas agradáveis e com as risadas do vídeo. Por outro lado, as músicas mais agitadas geravam ansiedade e o estreitamento das paredes das artérias.


Pesquisas como essas demonstram o que era observado. O cérebro, por meio das emoções, participa da regulação da pressão arterial e o estresse não pode ser negligenciado no tratamento dessas doenças.



Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.

Fazer xixi de tanto rir pode ser sintoma de um problema médico

Nesta sexta-feira (14), o mundo lembra o Dia Internacional da Incontinência Urinária.
Médico explica que mesmo perdas pequenas de urina merecem visita a um especialista.

A incontinência urinária atinge mais os idosos, mas também pode aparecer em qualquer momento da vida, principalmente nas mulheres. Infelizmente, no entanto, a maioria das que sofrem com o problema acredita que ele não é nada demais. Nesta sexta-feira (14), Dia Mundial da Incontinência Urinária, os especialistas aproveitam a oportunidade para lembrar que qualquer perda de urina recorrente e involuntária, por menor que seja, merece uma visita ao médico.

A incontinência urinária atinge tanto homens quanto mulheres, mas por motivos diferentes. “Nos homens é uma questão de urgência urinária. Nas mulheres, é pela frouxidão pélvica, tipicamente feminina”, explicou o urologista Fábio Baracat, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.


Nesses casos, a mulher tende a perder uma pequena quantidade de urina quando faz algum esforço, que pode ser tão simples quanto dar risada, espirrar, tossir ou dançar. Como muitas vezes as mulheres que sofrem com o problema também têm parentes na mesma situação, elas acreditam que a condição é “normal” e “feminina”. Baracat explica: não é.


A incontinência urinária traz constrangimentos intensos e pode afetar o trabalho, a vida social e o comportamento sexual. Apesar disso tudo, ela é muito simples de tratar.


“Em alguns casos, basta uma conversa com o médico. Muitas mulheres foram acostumadas a segurar a vontade de fazer xixi até o último instante. Daí é difícil, quanto mais volume, mais fácil é escapar alguma coisa. O certo é ir no banheiro a cada duas ou três horas”, explica ele.


Em outros casos, alguns exercícios físicos ajudam a resolver. Em outros, pequenas intervenções cirúrgicas, pouco invasivas, têm até 90% de chances de sucesso.

Fonte:g1.globo.com/ciencia-e-saude
((•)) Ouça essa Postagem

Nenhum comentário:

Postar um comentário