sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Estresse e depressão podem elevar açúcar no sangue, dizem especialistas

Endocrinologista Alfredo Halpern responde à perguntas. Nutricionista Mônica Beyruti também fala sobre alimentação e doces.

O endocrinologista Alfredo Halpern e a nutricionista Mônica Beyruti conversaram  para complementar o tema do dia – taxa de açúcar no sangue, ou índice glicêmico – e tirar mais dúvida.
Os especialistas deram dicas para quem sente vontade de comer doce o tempo todo e explicaram a relação entre sobrepeso/obesidade e as taxas de açúcar no sangue. Segundo eles, é importante se alimentar de forma fracionada, para não sentir fome e abusar na quantidade.
Quem é diabético tende a ter muitos períodos de hipoglicemia, porque os remédios para controlar a doença podem baixar demais o índice glicêmico. Halpern falou sobre a síndrome do comer noturno, em que muitas pessoas acordam de madrugada para se alimentar, mesmo sem fome. Há um componente compulsivo muito forte envolvido no problema, que precisa de tratamento.
Indivíduos que são muito compulsivos por açúcar e doces podem ter uma dependência química e até crises de abstinência quando interrompem o vício. Além disso, pacientes com triglicérides altos devem evitar doces, pois o composto glicerol, que vem da glicose (presente em carboidratos e açúcares), aumenta essas taxas.
Na síndrome metabólica, o médico explicou que há uma associação entre hipertensão arterial, triglicérides altos, gordura abdominal e tendência à diabetes. Por isso, quem tem pressão alta deve ficar atento também aos níveis de açúcar no sangue.
Em jejum, uma pessoa normal deve ter menos de 100 mg/dl de açúcar no sangue. Se a taxa for superior a 126, mg/dl, já é diabetes. Crianças e adultos com taxas em torno de 90 mg/dl já exigem cuidados.
Na sequência, Mônica deu dicas para as grávidas, cuja dieta deve incluir proteínas, carboidratos, frutas e também doces, que são uma fonte de energia, mas exigem cautela. O médico comentou que muitas mulheres desenvolvem diabetes na gestação, o que pode influenciar no feto, que nasce com sobrepeso, alterações no pâncreas (com sobrecarga de insulina) e mais chances de ser diabético no futuro.
Para quem gosta de cerveja, Halpern recomendou comer sempre alguma coisa junto, para o índice glicêmico não subir demais. Em seguida, ele disse que estresse e depressão podem elevar o açúcar no sangue. Após comer um doce, a taxa de açúcar sobe em questão de minutos, explicou o endocrinologista. Por fim, ele afirmou que não existe alimento 100% bom nem ruim.

Fonte:g1.globo.com/bemestar
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