quarta-feira, 2 de maio de 2012

'Hormônio do prazer' afeta vontade de trabalhar nas pessoas, diz estudo

Liberação de dopamina em área cerebral pode causar déficit de atenção.
Informações ajudam na criação de tratamentos para doenças mentais.

A vontade que uma pessoa tem de trabalhar duro para ganhar dinheiro é fortemente influenciada pela química existente no cérebro, afirma pesquisa realizada por cientistas e que será publicada nesta quarta-feira (2) no “Journal of Neuroscience”.
O estudo feito por uma equipe da Universidade Vanderbilt, do Tennessee, nos Estados Unidos, analisou imagens cerebrais e, a partir destes dados, descobriu características diferentes nos indivíduos humanos influenciadas pela quantidade de dopamina.
A dopamina é uma substância química do "sistema de recompensa", que serve para reforçar alguns comportamentos essenciais à sobrevivência (como a alimentação e reprodução), ou que desempenha um papel na motivação (recompensa secundária por meio do dinheiro). O neurotransmissor é também conhecido como "hormônio do prazer".
Segundo os estudiosos, pessoas dedicadas, dispostas a trabalhar duro em busca de recompensas, têm maior liberação de dopamina em áreas do cérebro responsáveis pela motivação -- caso do córtex pré-frontal ventromedial, cuja sigla é CVM e do estriado ventral.
Dopamina = preguiça
Por outro lado, no cérebro dos “preguiçosos”, que estão menos dispostos a trabalhar duro por uma recompensa, foram encontrados altos níveis de dopamina na região que desempenha um papel na percepção da emoção e risco, a chamada ínsula anterior.

A pesquisa sugere que uma maior quantidade de dopamina na ínsula anterior está associada ao desejo reduzido de se trabalhar, mesmo quando isso significa ganhar menos dinheiro.
Tais informações podem contribuir, no futuro, para o tratamento de déficit de atenção e transtorno, depressão, esquizofrenia, além de outras doenças mentais ligadas à redução de motivação.

Ouvir música causa liberação de dopamina, diz pesquisa

Neurotransmissor é estimulado por prazeres específicos como melodias.
Estudo foi publicado na 'Nature Neuroscience'.

O intenso prazer que se sente ao escutar música provoca no cérebro a liberação de dopamina, um neurotransmissor que serve para avaliar ou recompensar prazeres específicos associados à alimentação, drogas ou dinheiro, de acordo com um estudo publicado no domingo (9) na publicação científica "Nature Neuroscience".
A dopamina é uma substância química da molécula do "sistema de recompensa", que serve para reforçar alguns comportamentos essenciais à sobrevivência (alimentação), ou que desempenha um papel na motivação (recompensa secundária por meio do dinheiro).
Música dopamina 1Escutar música causa a secreção de dopamina em dois momentos. (Foto: Jeffrey Chen / stock.xchgn)
Então como pode estar envolvida em um prazer abstrato como o de ouvir música, que não parece ser diretamente indispensável para a sobrevivência da espécie?
Para entender isso, pesquisadores da Universidade McGill, em Montreal (Canadá), selecionaram dez voluntários de 19 a 24 anos entre os 217 que responderam a um anúncio solicitando pessoas que sentiram "estremecimentos", sinais de extremo prazer, ao escutar música.
Graças a vários aparelhos de diagnóstico por imagens, a equipe de Salimpoor Valorie e Robert Zatorre mediu a liberação de dopamina e a atividade do cérebro. Paralelamente, sensores informavam a freqüência cardíaca e respiratória dos voluntários, bem como sua temperatura ou sinais de estremecimento de prazer no nível da pele.

Os resultados publicados na "Nature Neuroscience" mostram que a dopamina é secretada antes do prazer associado à música ouvida, e durante o próprio "estremecimento" de prazer, ou seja, no auge emocional. Tratam-se de dois processos fisiológicos distintos que envolvem diferentes regiões no "coração" do cérebro.
Durante o auge do prazer, é ativado o núcleo "accumbens", envolvido na euforia produzida pela ingestão de psicoestimulantes, como a cocaína. Antes, no prazer por antecipação, a atividade da dopamina é observada em outra área do cérebro.
O nível de liberação da dopamina varia com a intensidade da emoção e do prazer, em comparação com as medições realizadas ao escutar uma música "neutra", isto é, indiferente aos voluntários.
"Nossos resultados ajudam a explicar porque a música tem esse valor em todas as sociedades humanas", concluem os pesquisadores. Permitem compreender "porque a música pode ser utilizada de forma eficaz em rituais, pelo marketing ou em filmes para induzir estados de humor".
Como um prazer abstrato, a música contribuiria, graças à dopamina, para um fortalecimento das emoções, ao estimular noções de espera (da próxima nota, de um ritmo preferido), de surpresa, de expectativa.

Música pode ajudar circulação e coração, diz estudo

Pesquisadores usam trechos de óperas para analisar mudanças no sistema cardiovascular.
Da BBC

Pesquisadores da Universidade de Pávia, na Itália, afirmam que o tipo certo de música pode desacelerar o coração e abaixar a pressão sanguínea. Músicas vibrantes como Nessun Dorma, de Puccini, que é cheia de crescendos e diminuendos, são melhores para ajudar na reabilitação em casos de derrames, de acordo com os estudiosos.

Melodias com ritmo mais acelerado aumentam os batimentos cardíacos, o ritmo respiratório e a pressão sanguínea. Já a música com ritmo mais lento gera o efeito contrário nos pacientes, segundo os pesquisadores.

A música já é usada em muitos hospitais britânicos como uma terapia barata e fácil de aplicar e também por gerar efeitos físicos perceptíveis no organismo, além de ter um impacto positivo no humor do paciente. O estudo dos pesquisadores italianos foi publicado na revista especializada "Circulation".

Respostas às músicas
O médico Luciano Bernardi e sua equipe de pesquisadores da Universidade de Pávia pediram a 24 voluntários saudáveis que ouvissem cinco faixas de músicas clássicas, escolhidas aleatoriamente, e monitorassem as respostas de seus corpos.

Entre as músicas escolhidas estavam a Nona Sinfonia de Beethoven, uma área de "Turandot", de Puccini, a Cantata nº 169 de Bach, Va Pensiero, da ópera "Nabuco", de Verdi, e Libiam Nei Lieti Calici, de "La Traviata", também de Verdi.

Cada crescendo destas músicas, um aumento gradual do volume, "estimulava" o corpo e levava ao estreitamento dos vasos sanguíneos abaixo da pele, aumentando a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos, além de provocar um aumento das taxas respiratórias. Por outro lado, os diminuendos, diminuição gradual do volume, causavam o relaxamento, diminuindo os batimentos cardíacos e diminuindo também a pressão sanguínea.

"A música leva a uma mudança dinâmica e contínua - e previsível, até certo ponto - no sistema cardiovascular", afirmou Bernardi. "Essas descobertas aumentam nossa compreensão de como a música pode ser usada na medicina de reabilitação."

Música e silêncio
Os pesquisadores testaram várias combinações de música e silêncio nos voluntários e descobriram que as faixas que alternam entre ritmos rápidos e mais lentos, como óperas, parecem ser as melhores para a circulação e para o coração. As árias de Verdi, que seguem frases musicais de dez segundos, parecem se sincronizar perfeitamente com o ritmo cardiovascular natural, de acordo com o estudo.

"Observamos grandes benefícios (do uso da música) para pessoas que sofreram derrames ou ataques cardíacos. O poder da música é simplesmente incrível", afirma Diana Greenman, diretora executiva da organização Music in Hospitals.

A instituição de caridade britânica especializada em levar música ao vivo a hospitais, asilos e casas de repouso, foi criada logo depois da Segunda Guerra Mundial para ajudar os veteranos feridos.

"Já observamos, em pesquisas anteriores, um estado emocional positivo, que pode ser desencadeado ao ouvir música, e que pode ajudar sobreviventes de derrames", disse um porta-voz da associação britânica especializada em tratamento de derrames, a Stroke Association.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias ((•)) Ouça essa Postagem

Nenhum comentário:

Postar um comentário